
“A PROPÓSITO DAS CONDIÇÕES DE VIDA DAS NOSSAS FACULDADES DE CIÊNCIAS”
C. TORRE DE ASSUNÇÃO
PROF. CAT. DA F. C. L.
In Gazeta de Física, Vol. I, Fasc. 3, Abril de 1947
Palavras Introdutórias
Carlos Calado [*]
O artigo que se segue é ilustrativo dos apertos financeiros e de funcionamento em que a universidade portuguesa vivia nos anos 40 do século passado, mas que se têm repetido até hoje; sendo um testemunho desses tempos no nosso ensino superior é, por isso, uma peça para a história das políticas de ensino que houve no país. Escreveu-o CARLOS FERNANDO TORRE DE ASSUNÇÃO, um dos mais notáveis professores que a Faculdade de Ciências de Lisboa teve na área das Ciências Geológicas, em particular nos domínios da Mineralogia e Cristalografia.
Torre de Assunção (1901-1987) teve um percurso académico brilhante: licenciatura em Ciências Histórico-Naturais em 1922 e doutoramento em Ciências Geológicas em 1936. Na carreira universitária, começou a ensinar na Faculdade de Ciências de Lisboa em 1923, como Assistente Provisório; foi Professor Extraordinário em 1934; e em 1942 era Professor Catedrático. Acrescente-se uma obra científica notável, indispensável no estudo dos problemas que se colocam em petrologia ígnea, não só do território nacional mas também de antigas colónias portuguesas, sobretudo Cabo Verde, sobre cujas ilhas tem vários trabalhos publicados.

Agradece-se ao Prof. Dr. Victor-Hugo Forjaz a permissão para reproduzir a capa da Memória sobre a “Expedição científica à Ilha do Fogo”
[*] Doutor em Geologia (ramo Hidrogeologia) pela Universidade de Lisboa; ex-dirigente da Confederação Portuguesa de Quadros Técnicos e Científicos