PREVPAP, já e agora!

Concentração de Trabalhadores Precários do Ensino Superior e Laboratórios do Estado pela Regularização dos Vínculos na Administração Pública

No passado dia 30 de Abril, frente ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social na Praça de Londres em Lisboa, enquanto decorria a reunião da Comissão de Avaliação Bipartida (CAB) Coordenadora, voltou a sentir-se uma forte movimentação por parte de bolseiros, investigadores e docentes do Ensino Superior e dos Laboratórios do Estado em protesto contra os atrasos e o boicote ao Programa de Regularização dos Vínculos na Administração Pública (PREVPAP).

Uma iniciativa conjunta, a que a OTC se associou, da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC), da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (CGTP-IN), da Federação Nacional dos Professores (FENPROF/CGTP-IN) e da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (CGTP-IN), pela defesa de um vínculo permanente com condições de trabalho dignas.

São mais de vinte anos de ciência produzida por investigadores precários, trabalhadores científicos que claramente correspondem a necessidades permanentes das instituições seja nos laboratórios do Estado, seja nas universidades e nos centros de investigação, e que, passados dois anos da criação do PREVPAP continuam na sua maioria com vínculos precários.

A OTC fez-se representar pelo colega Nuno Canha, membro da Direcção, que salientou na sua intervenção que são estes investigadores bolseiros “que formam gerações futuras e fazem ciência em Portugal”, exigindo a imediata e correcta implementação do PREVPAP: “PREVPAP, já e agora!”.

Dez dias depois um grupo de bolseiros do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) manifestou-se à porta da instituição para exigir a integração nos quadros. Queixam-se de que após os pareceres positivos, dados já em 2018, pela Comissão de Avaliação Bipartida (CAB) do Ministério do Planeamento e Infraestruturas, continuam hoje a aguardar uma decisão.

As movimentações continuam! Os trabalhadores têm mais acções previstas, até conseguirem resolver esta situação.