Da maquinaria da moral à moral da máquina*
Luís Moniz Pereira,
Sumário:
Desde sempre os seres humanos se aperceberam dos riscos associados tanto ao conhecimento, quanto às tecnologias a ele associadas.
Não só na mitologia grega se encontram os sinais e os alertas para esses perigos, mas também nos mitos fundadores das religiões judaico-cristãs.
Todavia, tais alertas e receios nunca fizeram tanto sentido quanto o que fazem hoje em dia. Tal resulta da emergência de máquinas capazes de reclamar para si funções cognitivas que até há pouco tempo eram desempenhadas exclusivamente por seres humanos.
A revolução cognitiva, propiciada pelo desenvolvimento da IA, além dos problemas técnicos associados ao seu desenho e conceptualização, levanta problemas de ordem social e económica com impacto directo na humanidade em geral, e nos seus grupos constituintes.
Daí que a sua abordagem do ponto de vista moral seja urgente e imperiosa.
Os problemas morais a considerar são de duas ordens: Por um lado os que estão associados ao tipo de sociedade que queremos promover através automação, complexificação e ao poder de tratamento de dados hoje em dia disponíveis; por outro, como programar máquinas para tomada de decisão de acordo com princípios morais aceitáveis pelos seres humanos que com elas partilham o conhecimento e a acção.
Ver aqui o texto completo da INTERVENÇÃO em formato .pdf
* Intervenção do autor no painel “As Novas Tecnologias e os Desafios do Futuro”. Texto submetido para publicação no e-livro a ser produzido como resultado das intervenções nos quatro painéis dos “Diálogos Intergeracionais”
Sobre o mesmo tema, em publicação recente,
“Machine Ethics. From Machine Morals to the Machinery of Morality”, Luís Moniz Pereira, António Barata Lopes, Springer Ed., 2020.
Versão em português a surgir proximamente, em edição da NOVA.FCT Editorial, na série Outros Horizontes