Debate: A carreira de investigação

CONVITE: MESA-REDONDA/Debate
A CARREIRA DE INVESTIGAÇÃO: O Passado, o Presente e o Amanhã
7 de Maio | 16:00 | Anfiteatro Abreu Faro

Participação livre, presencial ou por videoconferência.
Local: Anfiteatro Abreu Faro, localizado no Complexo Interdisciplinar do Instituto Superior Técnico (Alameda) (edifício 26 no mapa do campus).
Como chegar: Instituto Superior Técnico, Av. Rovisco Pais 1, 1049-001 Lisboa
Link:
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/89843491053?pwd=SW9wL3dFK1JFUlROcUUxdWpqazdPQT09
Password: 512740

Organização em parceria: OTC | NInTec – Núcleo de Investigadores

O evento vai ser gravado!

Breve apresentação de uma temática complexa
Na multiplicidade de agentes de que depende a criação de conhecimento novo e a sua aplicação prática procura-se destacar o grupo profissional correntemente designado por “pessoal investigador”. Uma questão central que importa colocar é a da forma como são enquadrados na população activa. O que acontecia nas vésperas da Revolução de Abril e nos anos que imediatamente se lhe seguiram. As lutas e movimentos de emancipação profissional que tiveram lugar, a qualidade do seu estatuto profissional e a sua evolução; como são aceites no contexto das relações de poder dominantes na esfera das instituições de ensino superior e investigação, mas também como são vistos e que posição ocupam na sociedade em geral, nomeadamente, no sector da produção de bens e serviços.
A importância e a necessidade da investigação e dos investigadores é hoje, em regra, correntemente reconhecida em palavras, designadamente, pelo pessoal político. Nos actos já não é tanto assim, pois não parece reconhecer-se a necessidade de garantir condições de vida e trabalho dignas, exigíveis para os trabalhadores em geral, condições essas cuja ausência impede ou dificulta tirar todo o partido de uma força de trabalho muito qualificada indispensável ao progresso social, económico e cultural da sociedade em que se integra.
Em certos casos, é a própria liberdade de expressão do pensamento, a liberdade de escolha de domínios de trabalho, que podem ser postas em causa por interesses privados, influências e vícios particulares. Trata-se de aspectos em que pesa muito a instabilidade da situação profissional associada à dependência de chefias de baixa qualidade. A precariedade é uma chaga persistente que não poderá ser combatida na ausência de um estatuto profissional correctamente construído. Este é uma questão central que importa ter em conta, sem ignorar as implicações financeiras que lhe estão associadas.
Como abordar a problemática exposta?
• Antes do 25 de Abril: as cinco sessões de debate na Assembleia Nacional — Universidade e Laboratórios do Estado.
• O 25 de Abril, os primeiros esboços de carreira e o que movia os trabalhadores da ciência. Como surge a carreira de 1980; o reconhecimento internacional.
• A acção e as orientações políticas que nortearam a acção do ministro Mariano Gago — a “subversão da carreira” a precarização das relações de trabalho.

• A JNICT e a sua sucessora — a FCT. O que esta representa como instrumento de uma política de ciência e de gestão de recursos, humanos e financeiros.
• Autonomia das instituições de Ensino Superior e Investigação: alcance e limites.
• Política de Ciência: liberdade de investigação e necessidades do país.
• Condições do combate à precariedade e o que este pode exigir.
Neste último ponto, importa ter em conta um universo multifacetado de questões que se interligam e se condicionam mutuamente como sejam: a estrutura da carreira de investigação científica no sector público, carreira nacional e não de instituição, designadamente a reintrodução da carreira de 5 níveis; a integração das chamadas IPs/FL no Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia; fonte ou fontes de financiamento e a forma como este é dirigido para as instituições onde se realiza o trabalho de investigação; vícios do sistema concursal (projectos, recrutamentos, progressão).

Programa e Oradores
• História de uma carreira, Investigador Doutor Frederico Carvalho (OTC, membro do Conselho Geral da ULisboa).
• 1- Política científica: liberdade de investigação e necessidades do país, Investigador Doutor Nuno Peixinho (Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, Universidade de Coimbra).
   2- LEs: Sobre a necessidade da Carreira e o seu enquadramento no quadro específico dos LEs Investigador Doutor Peter Jordan (INSA Instituto Ricardo Jorge).
• A Precariedade na ciência: origens, pressupostos para um combate eficaz. O caso das IPs/FL, Investigadora Doutora Ana Margarida Ricardo (IST-ID, membro do Conselho Geral da ULisboa).

Coordenação: Ana Maria Silva, Univ. de Évora, OTC.

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7 de maio, 16:00 às 18:00 horas, participação presencial ou por videoconferência.
Edifício 26  Anfiteatro Abreu FaroComplexo Interdisciplinar Alameda  
Instituto Superior Técnico, Av. Rovisco Pais 1, 1049-001 Lisboa