No passado dia 16 de Setembro. teve lugar o acto de posse dos novos órgãos sociais da OTC, eleitos na Assembleia Eleitoral de 9 de Julho. A Mesa da Assembleia Geral é presidida pelo Prof. Rui Namorado Rosa, tendo como Vice-presidente o Prof João Cunha Serra e, como Secretários o Investigador Engº José Delgado Rodrigues e a Investigadora Engª Amélia Palma. Integram a nova Direcção, a Profª Ana Maria Almeida e Silva, o Investigador Doutor António Pedro Alves de Matos, a Investigadora Engª Carla Maria Matos Nóbrega, o Investigador Doutor Frederico Gama Carvalho (Presidente), a Mestra Joana Pinto dos Santos (Secretária), a Investigadora Doutora Maria Teresa Pinheiro e o Prof. Mário de Sousa Diniz (Tesoureiro). O Conselho Fiscal é presidido pelo Prof. Luís Moniz Pereira tendo como vogais, o Investigador Engº João Álvaro Bau e o Prof. André Levy.
Na ocasião, após breves palavras de saudação dirigidas aos empossados por Rui Namorado Rosa, que presidira à Comissão Eleitoral, Frederico Carvalho dirigiu-se aos presentes numa curta intervenção que reproduzimos abaixo.
A primeira reunião da nova Direcção teve lugar imediatamente a seguir.
INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE DA DIRECÇÃO CESSANTE
É com grande satisfação que participo hoje na tomada de posse dos titulares dos órgãos sociais da OTC, eleitos em Julho passado.
Sem querer abusar da vossa paciência gostaria de dizer algumas palavras.
A OTC nasceu há 40 anos atrás por iniciativa de um grupo de trabalhadores científicos que incluía investigadores docentes e não docentes e também técnicos de investigação. Tive a felicidade de estar no grupo de activistas fundador da OTC que surgiu por vontade de muitas centenas de colegas que, nesses já distantes anos de 1974 e 1975, entenderam a necessidade de se organizarem para defender o trabalho científico e os trabalhadores científicos.
Passados todos esses anos, e num contexto muito diferente do de então, considero que a existência da OTC continua a justificar-se. Os problemas que hoje se nos colocam, colocam-se de maneira diferente, com pesos diferentes, mas na sua essência tem muito em comum com os que então se colocavam. Refiro-me, designadamente, à necessidade de uma política científica consistente; ao problema das carreiras; à precariedade laboral; às questões do financiamento; à gestão dos centros de investigação, incluindo os laboratórios do Estado; à própria estrutura e composição do sistema científico e técnico nacional. Junte-se-lhes a problemática ligada aos chamados “desafios globais” (como a água, a energia, a produção de alimentos, a biodiversidade e outros, num quadro de alterações climáticas que parece agudizar-se) e temos razões para dizer que se abre à OTC um vasto campo de acção. Sabemos que as suas forças são limitadas. Entretanto, tal não deve implicar desistência antes perseverança e insistência em desenvolver trabalho útil à comunidade. Temos um programa de acção, procuremos guiar-nos por ele.