TOMADA DE POSSE DA NOVA DIRECÇÃO
O Acto de Posse dos novos Órgãos Sociais da OTC para o biénio 2017-2018, eleitos em 29 de Março do corrente ano, teve lugar a 21 de Abril. A posse realizou-se em local da sede do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL) para o efeito gentilmente cedidos pela sua Direcção. A composição dos novos Órgãos Sociais é idêntica à dos anteriores, tendo sido eleitas as Listas propostas pelos Órgãos Sociais cessantes, eleitos em 2015, respectivamente para a Mesa da Assembleia-Geral, Direcção Nacional e Conselho Fiscal. Os nomes e breves notas curriculares dos empossados pode ser vista aqui.
Na ocasião, após breves palavras de saudação dirigidas aos empossados por Rui Namorado Rosa, que presidira à Comissão Eleitoral, Frederico Carvalho dirigiu-se aos presentes numa curta intervenção que reproduzimos abaixo. Seguidamente tomaram a palavra vários dos presentes estabelecendo-se um oportuno diálogo sobre alguns dos aspectos mais relevantes da vida e acção da OTC.
A primeira reunião da nova Direcção teve lugar imediatamente a seguir., Conforme previsto nos Regulamentos da OTC, nela foram designados por consenso, os titulares dos cargos de Presidente da Direcção (Frederico Gama Carvalho), Secretária da Direcção (Joana Pinto dos Santos) e Tesoureiro (Mário de Sousa Diniz).
INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE DA DIRECÇÃO
Aqui estamos para dar cumprimento ao acto protocolar exigido por lei que é a tomada de posse dos Órgãos Sociais da nossa associação, eleitos em 29 de Março último. Em 2015, o correspondente acto de posse teve lugar em fins de Setembro: ganhámos 5 meses, o que se deve ao empenhamento da Direcção cessante e dos restantes Órgãos Sociais em normalizar a vida da OTC no que toca ao respeito pelos Estatutos e Regulamentos por que se rege.
Não olho este momento como meramente simbólico ou voltado para o cumprimento de uma obrigação legal.
Correndo embora o risco de repetir propósitos e sublinhar aspectos da nossa situação e das nossas responsabilidades e ambições como associação profissional de trabalhadores científicos, desejaria tirar partido desta oportunidade para em poucas palavras referir um conjunto de preocupações e intenções que estão certamente no espírito, senão de todos, pelo menos da maioria dos presentes.
A OTC nasceu há 42 anos e adquiriu personalidade jurídica em 1979, há 38 anos, portanto. Encontra-se filiada na Federação Mundial dos Trabalhadores Científicos desde 1980. Quer isto dizer que se identifica com a razão de ser e os grandes objectivos da Federação Mundial, no seio da qual se combinam a defesa dos legítimos interesses dos trabalhadores científicos no que respeita às condições do exercício da sua actividade profissional ― a luta contra a precariedade dos vínculos laborais e a defesa de uma carreira digna, o subfinanciamento público da Ciência, a autonomia científica das instituições em que exercem as suas actividades, sem prejuízo do cumprimento de missões de interesse geral para a sociedade no seu conjunto ― e o estudo e esclarecimento de questões globais que hoje afectam com particular acuidade o destino da nossa casa comum, o planeta Terra. A criação de condições para um desenvolvimento sustentável, que, em meu entender, implica, entre outras questões, o combate às desigualdades nos planos económico e social, a defesa do meio ambiente, ligada aos problemas da erosão dos solos com aptidão agrícola, ao esgotamento das fontes de água potável, à transição de fontes de energia poluentes para fontes não poluentes, e, porque sem ela tais objectivos não serão atingíveis, uma incessante acção de defesa da Paz.
Considero que a OTC é uma associação sui generis pela natureza e largo leque dos objectivos que adopta como seus. Pode dizer-se que se revê nos fins e nas preocupações da Federação Mundial criada em 1946 e da qual Frédéric Joliot-Curie foi o primeiro Presidente.
Este deverá ser o meu último mandato como presidente da Direcção. Penso que a Direcção agora eleita prosseguirá e aprofundará o trabalho desenvolvido pela Direcção anterior.
Para que a OTC possa no futuro prosseguir com êxito a acção correspondente à especificidade dos seus objectivos estatutários, será indispensável assegurar uma efectiva distribuição de tarefas entre todos os membros da Direcção, como vem sendo conseguido, e, sobretudo, fazer crescer o número de associados, colaboradores e activistas que levem a sua acção, sob novas formas, a um público mais vasto.
Frederico Carvalho
21 de Abril de 2017