NUM MUNDO EM SOBRESSALTO, AGIR PELA PAZ E O DESENVOLVIMENTO

NUM MUNDO EM SOBRESSALTO, AGIR PELA PAZ E O DESENVOLVIMENTO

A Universidade Popular do Porto convidou o Presidente da Direcção da OTC, Frederico Carvalho, a animar uma conversa sobre questões centrais que hoje se colocam aos habitantes deste nosso planeta. Muitas, com raízes no passado, outras que neste momento nos afligem particularmente, todas de resto sempre com alguma relação entre si. Tratou-se de uma vídeo conferência pois a tal os tempos obrigam. Uma palavra de apreço pela excelência da organização do evento e pelo empenhamento da UPP em prosseguir uma trajectória dirigida ao esclarecimento e ao debate de ideias, iniciada há já mais de 40 anos.

“Cultura pela Liberdade” é um lema estimulante que deve manter desperta a consciência da eminente necessidade de defesa da Paz, condição de liberdade e de progresso material e espiritual. Nesse caminho, as mulheres e homens de ciência, não apenas a cientista ou o cientista mais destacados mas também todas e todos aqueles que pelo seu trabalho vêm enriquecer o vasto património de conhecimento científico e técnico da Humanidade. Descobrindo, inovando, divulgando o que surge de novo e fazendo a destrinça entre o que traz de bom e os males a que esse conhecimento, se for mal aplicado, pode dar origem. Todas e todos aqueles a quem chamamos “trabalhadores científicos”, com diferentes graus profissionais e diferentes aptidões. Em comum têm, no entender da nossa organização, a Organização dos Trabalhadores Científicos, uma pesada responsabilidade social perante os seus concidadãos: a de informar com palavras simples, alertar para caminho errados que podem estar à mão mas não devem ser seguidos. Os da incessante procura de novos meios de matar, de dominar consciências, de condicionar comportamentos. Na conversa do passado dia 21, que a UPP promoveu, foi possível abordar alguns aspectos desta problemática. Outros ficaram para trás à espera de uma outra oportunidade. Satisfaz-nos o facto de mau grado as limitações de tempo ter havido uns momentos de debate e sobretudo a presença virtual, constante, de cerca de meia centena de participantes.

No mundo em que vivemos manifestam-se forças opostas nos objectivos que perseguem e uma crescente instabilidade nos equilíbrios que se estabelecem entre poderes dominantes (políticos, financeiros ou de outra natureza) e também no próprio seio das sociedades que controlam. A nova estranha situação criada por um minúsculo agregado de células – SARS-Cov2 – uma crise que potencia outras crises, pré-existentes, terá pesadas consequências sociais e políticas de destino incerto. A sobreexploração do trabalho, as crescentes desigualdades entre países e no seio de cada país, mostram-se com maior clareza aos olhos de muitos que vivem com dificuldades, de tantos que lutam pela sobrevivência. Entretanto, prossegue a corrida aos armamentos, afinam-se novos dispositivos bélicos, fomentam-se conflitos regionais. A vacina contra o vírus há-de chegar. E uma “vacina” contra a guerra? Procuremos construí-la em cada dia no nosso convívio social.

 Encontre aqui o texto integral da palestra.